A febre maculosa brasileira é uma doença febril aguda, de gravidade variável, podendo causar desde formas assintomáticas até formas graves com elevadas taxas de letalidade. É causada pela bactéria Rickettsia rickettsii, que é transmitida por carrapatos.
Modo de transmissão
A febre maculosa brasileira é transmitida pela picada do carrapato da espécie Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como “carrapato estrela” infectado com a Rickettsia rickettsii, e normalmente ocorre quando este artrópode permanece em contato com o hospedeiro por um período de 4 a 6 horas.
Sintomas
Caracteriza-se por apresentar início repentino, com febre alta, dor de cabeça, dor muscular intensa, que pode estar associada a prostração, seguidos do aparecimento de machas avermelhadas, principalmente nas regiões da palma da mão e da planta dos pés, podendo evoluir para petéquias, equimoses e hemorragias. O tratamento precoce é essencial para evitar as formas mais graves da doença.
Aparecimento dos sintomas
O período de incubação é de 2 a 14 dias.
Duração dos sintomas
Os sintomas perduram até que se inicie o tratamento adequado.
O que fazer em caso de sintomas
Em caso de sintomas, procurar um médico imediatamente.
Prevenção
Para as pessoas que vivem em áreas urbanas e que, frequentemente, viajam para áreas rurais, evitar levar seus cães para esses locais, a fim de evitar que eles possam tornar-se reservatórios de rickettsias. É bom ressaltar que esses animais são assintomáticos para a febre maculosa.
No caso de moradores de regiões rurais é altamente recomendável que evitem a permanência de cães no interior do domicílio. É igualmente importante que a higiene desses animais seja feita em períodos regulares. Também é importante o uso de carrapaticidas em equinos, bovinos e suínos que estejam infestados por carrapatos, conforme recomendação de um médico veterinário.
Para se proteger e facilitar a visualização dos carrapatos e dos micuins é muito importante que as pessoas, quando entrarem em locais de mato, estejam de calça e camisa compridas e claras, preferencialmente, de botas. A parte inferior da calça deve ser posta dentro das botas e lacradas com fitas adesivas. Se possível, evite caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos e, a cada duas horas, verifique se há algum deles preso ao seu corpo. Quanto mais depressa ele for retirado, menores os riscos de infeção.
Quando for retirar um carrapato, não o esmague com as unhas. Com o esmagamento, pode haver liberação das rickettsias, que têm capacidade de penetrar através de microlesões na pele. Retire-os, com cuidado, por meio de leve torção, para liberar as peças bucais (da boca).
Observações extras
No Brasil, o principal reservatório deste parasita é o carrapato da espécie Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como “carrapato estrela”. Também estão envolvidas na transmissão as espécies Amblyomma cooperi (dubitatum) e o A. aureolatum. Contudo, todas as espécies de carrapato são potenciais reservatórios da R. rickettsii.
Os carrapatos têm uma vida média de 18 a 36 meses e, durante todo esse período, permanecem infetados. Esta infeção pode ser propagada a outros carrapatos por meio de transmissão transovariana, ou através da cópula.