A Cárie é uma doença que afeta
quase 90% da população, mais concretamente entre 60% a 90% das crianças e quase
100% dos adultos segundo um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS),
divulgado numa nota enviada às redações pela Mundo a Sorrir, Organização Não
Governamental (ONG) portuguesa.
Descrita como a doença não
contagiosa mais comum no mundo, a cárie “é provocada pela ação de determinadas
bactérias que podem originar a destruição parcial ou total do dente. A presença
dessas bactérias na boca, associada a uma alimentação inadequada e a uma
higiene oral deficiente, facilita o aparecimento de cáries”, lê-se no site da
Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), que salienta ainda que “em situações
extremas, a cárie dentária pode originar infeções de extensão variável e que
podem ter graves repercussões na saúde geral do indivíduo”.
Mas as cáries têm tanto de
comuns como os fatores que as podem impulsionar. Miguel Pavão, médico dentista
e fundador da ONG Mundo a Sorrir revela (apenas) alguns: “dieta pouco saudável,
tabagismo, abuso do álcool, fraca higiene oral, bem como desigualdades sociais
ou outros determinantes”. Contudo, aquilo que se come faz toda a diferença.
De acordo com a OMD, “quando
os alimentos que contêm hidratos de carbono, como os doces, bolos, chocolates,
gomas, etc., são ingeridos, as bactérias cariogénicas vão decompô-los e
originar ácidos que provocam a dissolução do conteúdo mineral dos dentes e
consequentemente o aparecimento de lesões de cárie. Esta ação é particularmente
mais eficaz quando estes alimentos são ingeridos muito frequentemente fora das
refeições ou à noite antes de deitar”, uma vez que a lavagem dos dentes não é
comum nesses momentos.
Contudo, embora a cárie seja
uma doença comum e generalizada, é facilmente evitável: “a escovagem dentária
com pastas fluoretadas é a forma mais eficaz e económica de prevenir a cárie
dentária”.
Efetuar uma higiene oral
diária correta, escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia com uma pasta
fluoretada após as refeições, não esquecer a escovagem noturna (a mais
importante) e não comer depois de lavar os dentes à noite, passar o fio
dentário pelo menos uma vez por dia (especialmente à noite), ingerir refeições
nutritivas e equilibradas, não petiscar, evitar o açúcar, mascar uma pastilha
elástica sem açúcar depois de comer e visitar o médico dentista com
regularidade são alguns dos cuidados aconselhados pela Ordem dos Médicos
Dentistas.