Não há nada de errado com a quantidade de muco que o corpo feminino
produz mensalmente. Ele é causado pelas flutuações hormonais e tem funções
importantes, como permitir o encontro do espermatozoide com o óvulo e limpar e
proteger o canal vaginal de infecções.
Ele é formado pela combinação de células mortas, bactérias naturais da
flora vaginal e secreção e costuma ter entre 1 e 4 ml de volume diário. Sua
função é umedecer, lubrificar e manter a vagina limpa, dificultando o
surgimento de infecções
Assim sendo, as secreções vaginais são completamente naturais e todas
as mulheres em idade reprodutiva podem ter um corrimento que muda de cor e
textura ao longo do ciclo menstrual - às vezes ele é leitoso, aguado, em grumos
ou semelhante a clara de ovo. Com cheiro normal da região, ele pode ter cor
transparente, branca ou amarelada.
Mas, quando essas características mudam, o corrimento passa a ser
sintoma de algumas doenças. Veja quando você precisa ficar alerta!
Corrimento anormal
Três fatores devem ser levados em consideração na hora de analisar a
secreção.
O primeiro deles é a cor do corrimento. Secreções muito amarelas ou
esverdeadas podem ser sinais de que alguma parte do sistema reprodutor feminino
está passando por um processo infeccioso. O corrimento marrom fora do período
menstrual também pede cuidado, ele pode indicar uma gravidez ou desordens
uterinas.
O cheiro também muda quando há a proliferação de fungos ou bactérias
nocivas. Cheiro de peixe podre e cheiros "ácidos" são os mais comuns
e devem ser investigados. É importante, no entanto, não confundir o cheiro
normal da vagina e da vulva com esses possíveis sintomas - a região íntima tem
um cheiro natural e é só quando ele muda que algo anormal pode estar
acontecendo.
Por fim, outros sintomas associados devem ser observados. Coceira e dor
durante a relação sexual ou para urinar são indicativos de que há alguma
desordem que precisa ser investigada e tratada.