Atualmente, há menos tabus
quando o assunto é a saúde das mulheres, especialmente ao falar sobre higiene e
cuidados que devem ser dados à vagina para evitar infeções.
Porém, ainda existem muitos
mitos populares, vindos de costumes arraigados na sociedade, que envolvem
substâncias "tradicionais", mas prejudiciais à zona íntima. A seguir,
especialistas explicar por que você nunca deve aplicar 4 substâncias
específicas em sua vagina:
Produtos para não colocar na vagina
Limão
O suco de limão é um tópico
frequente (e errado) em termos de higiene íntima feminina. Algumas pessoas
pensam que ele inibe odores, e os outras vão tão longe, que acreditam que as
vitaminas do limão agem de forma semelhante na vagina (ou seja, pensam que é
possível evitar infeções e entrada de vírus).
Para acabar com esse mito, a
Dra. Christine Mauck, do Instituto Reprodutivo CONRAD, monitorou pacientes que
afirmavam usar limão regularmente para lavar a vagina. Algumas pacientes
diluíam o suco da fruta com água, mas os resultados foram contundentes:
mulheres que usaram a fruta como parte da rotina de higiene íntima apresentaram
maior risco de irritação na região, falta de lubrificação natural e algumas
feridas internas.
Christine e outros
especialistas afirmam, ainda, que o limão interfere no pH natural da vagina,
assim como pode provocar assaduras quando as mãos tocam a área para a limpeza,
e o quadro pode evoluir para graves úlceras. Para piorar, a fruta não tem propriedades
antibióticas que podem agir quando aplicado diretamente na pele.
Óleo de coco
O ginecologista Michael
Krychman, diretor do Centro de Medicina Sexual e Sobrevivência da Califórnia,
nos Estados Unidos, observou que, embora muitas mulheres acreditem que o óleo
de coco seja um lubrificante natural para a vagina, o uso dele tem sido
associado a infeções vaginais graves em diversos estudos médicos.
O óleo de coco tem um impacto
significativo na atividade antimicrobiana. Isso porque ele diminui o movimento
da água através das membranas celulares e acaba interferindo com a produção do
muco natural, tendo um efeito oposto com relação ao lubrificante farmacêutico
normal. A consequência pode ser um sexo doloroso.
Refrigerante de cola
Algumas pessoas ainda acham
que as bebidas à base de cola têm um efeito espermicida ou uma espécie de
"limpeza profunda" quando são colocadas na vagina.
Esse tipo de bebida como um
alimento já não é muito recomendado. Usando de outras formas, então, a ideia
parece péssima. Segundo Christine Mauck, as bebidas à base de cola têm uma
composição variada de acordo com a fórmula que cada marca possui. Mas invariavelmente
possuem grandes quantidades de açúcar e substâncias químicas que podem
estimular a formação de fungos se forem aplicados na vagina.
Perfume
Mesmo se você notar um cheiro
forte na vagina, nunca será uma boa opção aplicar perfume na região. Mauck cita
que o mau cheiro pode ser um indicador de infeção. Se o cheiro é
"insuportável", muitas pacientes optam por "omitir" com
perfume, mas a única coisa que se consegue com isso é irritar a área e
estimular mais ainda as bactérias.
Os perfumes são altamente
irritantes para a pele e o contato com a mucosa vaginal faz com que ela seque,
o que também pode causar doença inflamatória pélvica.
A melhor maneira de limpar a
sua vagina é usar apenas sabão neutro e água. Em alguns casos, de acordo com o
pH, será recomendado pelo ginecologista um sabonete íntimo especial. No mais,
cada vagina tem seu cheiro natural e flora, e apenas uma consulta ginecológica
será capaz de determinar a melhor maneira de manter a área íntima limpa e
saudável.